UFRJ recebe a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental

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O projeto Pedagogias da Imagem – cineclube da Faculdade de Educação da UFRJ –  inaugura nesta semana a sua Matinê, recebendo a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental. Teremos três sessões semanais, às terças-feiras pela manhã, com a exibição de um curta-metragem e um longa-metragem seguida de conversa com algum convidado especial.

A programação inclui filmes que não apenas provocam o pensamento sobre o ambiente, mas instauram por si mesmos ambiências e modos imagéticos de pensar/habitar o mundo. As conversas após a exibição procuram distender os temas e favorecer a circulação de ideias em contato com o público.

Além do público geral, fazemos um convite especial também a professores da educação básica e superior que quiserem trazer suas turmas (estudantes a partir de 14 anos). Basta entrar em contato conosco para agendar e reservar os lugares. através do email: pedagogiasdaimagem@gmail.com

Vejam abaixo a programação e anotem na agenda.

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Mulher, ativista e pensadora das cidades

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Você já ouviu falar em Jane Jacobs? Ela será o foco do filme que o cineclube da Faculdade de Educação da UFRJ, na inauguração da Matinê Pedagogias da Imagem, exibirá na próxima terça-feira, dia 7/8, às 10h, no auditório Manoel Maurício/CFCH, campus Praia Vermelha. Jane foi uma ativista norte-americana envolvida em uma série de lutas de meados do século XX, em Nova York, contra o brutal processo de modificação da cidade.

Em 1960, seu livro Morte e Vida das Grandes Cidades chocou o mundo da arquitetura e do planejamento urbano ao explorar as consequências da reconfiguração das cidades por arquitetos e planejadores.

O recente filme Cidadã Jane: a luta pela cidade (Citizen Jane: battle for the city – E.U.A., 2016), de Matt Tyrnauer em cartaz nesta nossa abertura da itinerância da Mostra Ecofalante, lança um olhar sobre o legado desta pensadora e examina problemas das cidades atuais a partir de sua obra. O filme participou do IDFA (Festival Internacional de Documentário de Amsterdam) e também do Festival de Toronto.

Para conversar com o público após a sessão, teremos a alegria e a honra de contar com a presença de Tamara Egler, arquiteta, doutora em Sociologia, pesquisadora e professora do IPPUR/UFRJ, onde coordena o Laboratório Estado, Sociedade, Tecnologia e Espaço.

Venham e divulguem! A sessão está aberta também para receber professores com seus estudantes. Se quiser reservar vagas para sua turma, é só entrar em contato conosco pelo email: pedagogiasdaimagem@gmail.com

 

Matinê Pedagogias da Imagem com a Mostra Ecofalante

Para quais experiências o cinema nos convoca? Tendo em vista que são diversas as produções audiovisuais capazes de nos afetar atualmente, também são múltiplos os modos pelos quais as imagens nos forçam a pensar. Por isso, vamos multiplicar nossas sessões para ampliarmos nossas linhas de atuação e dar conta de diferentes linguagens, formatos, temas e debates que cada vez mais nos interpelam. O Pedagogias da Imagem – cineclube da Faculdade de Educação da UFRJ – inaugura, a partir do mês de agosto, uma nova modalidade de sessão que vem a se juntar às tradicionais sessões mensais.

Vamos dar início à Matinê Pedagogias da Imagem, com exibição de filmes seguidas de debate que acontecerão pelas manhãs, no auditório Manoel Maurício do CFCH. A ideia do projeto das matinês surgiu com o objetivo de ocupar horários alternativos com as sessões, ofertando a possibilidade de participação para escolas e turmas de ensino médio, profissionais da educação básica e superior, pessoas ligadas ao campo do audiovisual em geral, além do público espontâneo.

Deste modo, além de um estreitamento de possíveis parcerias com a educação básica, a Matinê Pedagogias da Imagem busca intensificar a dinâmica cultural do campus da Praia Vermelha, não apenas restrito a atividades acadêmicas, mas de portas abertas à sociedade, estimulando a circulação de diferentes públicos em suas atividades. Ao longo do mês de agosto, teremos sessões semanais abertas a qualquer participante interessado, como de costume. Além disso, enfatizamos o convite à participação de turmas da educação básica (a partir de 14 anos), com agendamento prévio a partir do email pedagogiasdaimagem@gmail.com .

Para as sessões inaugurais da Matinê Pedagogias da Imagem, apresentaremos filmes e debates em parceria com a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental, sendo o cineclube o local onde acontecerá a itinerância desta mostra na UFRJ. A Ecofalante, maior mostra de cinema socioambiental da América do Sul, já passou por São Paulo e neste mês de agosto desembarca no Rio, Niterói e Brasília.

Já na semana que vem, em nossa primeira sessão, exibiremos o curta Às margens e o longa-metragem Cidadã Jane: a luta pela cidade . Teremos a alegria de contar com a presença da arquiteta e professora Tamara Egler para conversar com o público após a sessão. Tamara é mestre em planejamento urbano e regional, doutora em sociologia, professora do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ (IPPUR/UFRJ) e coordenadora do Laboratório Estado, Sociedade, Tecnologia e Espaço.

As sessões acontecerão sempre às terças-feiras, às 10h, no auditório Manoel Maurício/CFCH. A entrada é franca.

Veja abaixo a programação completa da mostra na UFRJ e programe-se!

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Um ano de cineclube hoje

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Hoje é o aniversário de um ano do Cineclube Pedagogias da Imagem, da Faculdade de Educação da UFRJ. Naquele 7 de março de 2017, as luzes do auditório da CPM/ECO se apagavam para dar lugar à primeira projeção de nossa história, que remonta à tradição cineclubista do Educação em Tela e do Ciência em Foco. O primeiro filme a ser exibido foi Educação (Brasil, 2016), de Cezar Migliorin e Isaac Pipano.

Obra sempre em processo e resultado de múltiplos encontros dos realizadores com as imagens, Educação foi exibido em corte ainda inédito até então. Quem conversou com o público após a exibição foi um dos realizadores, Cezar Migliorin, que é doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ/Sorbonne-Nouvelle, Paris e Professor do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense.

Na medida em que as imagens nos convocam a pensar sobre educação e política por meio de recortes de fontes as mais variadas – sem um fio condutor além das rimas/rupturas semânticas -, o público pôde vivenciar e delinear diferentes leituras do filme, compartilhadas e intensificadas no momento da palestra e do debate. Logo, a programação desta tarde/noite inaugural reverberou a própria proposta do cineclube, ancorada na ideia de uma pedagogia da imagem, colocada em movimento por cada filme, por cada realizador, capaz de nos transformar à medida que nos mostra novas formas de ver e ouvir, novas formas de pensar, de existir e resistir.

Que venham muitos anos produtivos e intensos para o cineclube Pedagogias da Imagem!

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Cinema, política e história na sessão de novembro

 

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Foto: belga

No dia 14/11 aconteceu a sessão de novembro do cineclube Pedagogias da Imagem. A sessão foi uma realização da Faculdade de Educação da UFRJ em parceria com a Cinemateca do MAM e a California Filmes, e teve como programação a pré-estreia do filme O jovem Karl Marx, de Raoul Peck, que chegará às telas brasileiras no dia 28/12.

Pela primeira vez, o Pedagogias da Imagem fez uma sessão extramuros, fora da UFRJ e abrigado pela tradicional sala de cinema da Cinemateca do MAM. Quem conversou com o público após a exibição do filme foi a professora Claudia Piccinini, doutora em Educação pela PUC-Rio e professora da Faculdade de Educação da UFRJ, integrante do Coletivo de Estudos em Marxismo e Educação.

Após abordar em profundidade a trajetória de Karl Marx e Friedrich Engels, em comparação com os momentos documentados e levados à tela por Raoul Peck, Claudia salientou a relevância e atualidade da obra dos autores para o presente, o olhar crítico sobre a materialidade que os cercava, os modos de produção e a tensão provocada pela desigualdade social. Em uma época marcada pela rarefação do espírito crítico, a sessão do Pedagogias da Imagem funcionou como uma abertura ao pensamento sobre a história, sobre a relação entre o conhecimento, a política e o desejo de transformação da sociedade.

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Foto: belga
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Foto: belga

 

A ciência da revolução

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A sessão de novembro do Pedagogias da Imagem acontecerá na próxima terça-feira, dia 14/11, mas não será em nenhum dos auditórios do campus da Praia Vermelha. Teremos nossa primeira sessão “extra-muros”, na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, com uma programação especial: faremos a pré-estreia do filme ‘O jovem Karl Marx’ (Le jeune Karl Marx – Alemanha, França, Bélgica), que tem data de estreia nos cinemas em 28/12.  A pré-estreia, no dia 14/11, terá início às 14h, um horário um pouco mais cedo que o tradicional do cineclube. Logo após a sessão, teremos a honra e alegria de receber a nossa convidada do mês, Claudia Lino Piccinini, doutora em Educação pela PUC-Rio, professora da Faculdade de Educação da UFRJ e pesquisadora integrante do COLEMARX – Coletivo de Estudos em Marxismo e Educação.

O filme do diretor Raoul Peck (que dirigiu também o documentário ‘Eu não sou seu negro’, indicado ao Oscar em 2016)  será exibido em parceria com a Cinemateca do MAM e a California Filmes. Fruto de mais de 6 anos e de uma extensa pesquisa combinada a partir de materiais bibliográficos relevantes, especialmente as cartas de Marx, o filme evita os clichês e o didatismo das biografias de cinema tradicionais. De acordo com o próprio diretor, “o velho homem barbudo descansando em seu dogma foi deixado para trás em favor das aventuras físicas e intelectuais desse trio irrepreensível (Karl e Jenny Marx e Friedrich Engels), em uma Europa cheia de tensão, vulnerável à censura, à beira de uma revolução popular e proletária sem precedentes, culminando – da parte do filme – na confecção do “Manifesto Comunista” – essa razoavelmente analítica e radical lista de trabalhos e doentios efeitos do capitalismo.”

Após o filme, a professora Claudia Lino Piccinini abordará os elementos de novidade que as obras de Marx e Engels trouxeram para a cena política do século XIX. Travando um diálogo com as imagens desde sua linha de atuação e pesquisa, ela pretende aprofundar os temas suscitados sobre a parceria intelectual dos personagens, suas primeiras obras, o papel do materialismo para a ação política da classe trabalhadora e, especialmente, enfatizar as descobertas científicas que a dupla empreendeu.

Na contramão do imediatismo dos nossos tempos, trata-se de enfatizar uma intensa troca intelectual, a construção de uma elaboração teórica que enfatiza a relação da produção do conhecimento histórico com as possibilidades de transformação da sociedade. Para utilizar as palavras do diretor Raoul Peck: “hoje, a longa e grisalha barba de Marx não somente esconde sua face, ela eclipsa a possibilidade de uma reflexão serena, distante de polêmica e dificulta a exploração da real contribuição científica e política, sua extraordinária capacidade analítica, suas aspirações humanísticas, suas preocupações justificadas como por exemplo a distribuição de renda, trabalho infantil, igualdade entre homens e mulheres, etc. – todas grandes questões muito relevantes no mundo de hoje – na Europa e o resto do mundo. Cabe a cada um de nós refletir sobre a história que seguiu esse momento.”

O convite está feito.

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A escola, o controle e os entediados

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É hoje! A sessão de setembro do cineclube Pedagogias da Imagem acontece logo mais, às 17h. Teremos a honra e alegria de contar com a presença de Paula Sibilia, nossa convidada do mês. Paula é argentina, doutora em Comunicação pela UFRJ e em Saúde Coletiva pela UERJ, com pós-doutorado na Université de Paris VIII,  França. Ela é professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e do Departamento de Estudos Culturais e Mídia, da UFF.

Paula escolheu o filme Dentro da casa, do aclamado diretor francês François Ozon, para desdobrar questões com o público em sua palestra: Pedagogias dos entediados: a escola em crise, entre o regulamento e o bullying. De acordo com ela, as relações entre professores e alunos têm mudado muito nos últimos anos, compassando as transformações que vêm atingindo os mais diversos âmbitos. Contudo, em que pesem todas as crises, o dispositivo escolar continua funcionando e não deixa de marcar inúmeras experiências. O instigante filme de Ozon possui diversas cenas que nos ajudam a pensar sobre a eficácia dos mecanismos de controle psíquicos e sociais que vão perdendo ou ganhando vigência: das paredes para as redes, das advertências para o bullying, da culpa para a vergonha.

Para quem quiser conhecer mais sobre a produção de nossa convidada, deixamos aqui algumas sugestões: ela é autora dos livros O homem pós-orgânico: Corpo, subjetividade e tecnologias digitais (2002), O show do eu: a intimidade como espetáculo (2008), e Redes ou Paredes: a escola em tempos de dispersão (2012). Além disso, mais informações sobre sua produção podem ser encontradas em seu site.

A sessão acontecerá hoje, dia 5 de setembro, no auditório Manoel Maurício – CFCH/UFRJ (ao lado do Cópia Café), que fica no campus da Praia Vermelha da UFRJ (Av. Pasteur, 250). Acesse aqui o flyer de divulgação e confirme sua presença na página do evento no Facebook. Ainda dá tempo e a entrada é franca. Até breve!

Genealogias da corrupção

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Na última terça-feira, dia 20 de junho de 2017, o ciclo especial sobre as Jornadas de Junho, promovido pelo cineclube Pedagogias da Imagem, exibiu o filme 20 centavos, de Tiago Tambelli, e contou com a palestra O discurso da corrupção na política contemporânea, ministrada pelo nosso convidado do mês, o professor Paulo Vaz, da Escola de Comunicação da UFRJ. Uma das características das manifestações de 2013 foi a constante mudança de pauta trazida pelas ruas: das reivindicações pelo não aumento das passagens de ônibus e por melhores condições de transporte na cidade até os apelos contra a corrupção que pareceram emergir com mais intensidade a partir de 20 de junho daquele ano. A partir das imagens do filme de Tambelli, que acompanha de perto estas nuances e contradições, Paulo apresentou pesquisa que desenvolve já há algum tempo sobre os sentidos e os valores que carregam as menções feitas à corrupção na mídia e no cenário político global.

Uma de suas constatações é que há, no Brasil atual, um senso comum generalizado e crescente quando se fala de corrupção, associando-a facilmente à história do país e à identidade nacional. No entanto, Paulo demonstra que a atenção à corrupção está ligada à crise da representação. De acordo com ele, o discurso anti-corrupção é um fenômeno global que teve início nas décadas de 80 e 90, justamente com o aparecimento de técnicas que pela primeira vez permitiram mensurar, conhecer e designar a corrupção como algo a ser evitado. Analisando a visibilidade contemporânea do discurso sobre a corrupção, Paulo apontou como um de seus sintomas o surgimento da noção de transparência como valor a ser disseminado nas sociedades ocidentais capitalistas.

No entanto, o apelo moralizante à transparência reduz qualquer possibilidade de relação com a alteridade, nivelando a todos pelo dado comum de uma perspectiva moral, e não política, sobre o assunto. A corrupção, deste modo, pode ser utilizada como ferramenta jurídica estratégica para denúncias por parte daqueles que visam a ascender a algum cargo importante, sem colocar em jogo outras questões mais imediatas que ofereceriam nuances ao embate. Após a palestra, um ótimo debate ajudou a dar o tom da urgência da reflexão trazida por Paulo, ao mesmo tempo em que o público trouxe suas experiências e seus relatos para compor e fechar com chave de ouro este ciclo das Jornadas de Junho.

Nossa próxima sessão acontece no dia 4 de julho, terça-feira, às 17h, no mesmo auditório Manoel Maurício, no CFCH (Campus da Praia Vermelha da UFRJ – Av. Pasteur, 250), quando exibiremos o filme Max Max: Estrada da Fúria (Max Max: Fury Road, 2015), de George Miller. Para conversar com o público após o filme, teremos a honra de receber, como convidada do mês, a professora de filosofia Susana de Castro (IFCS/UFRJ), que ministrará a palestra O feminismo pelas estradas da fúria. A entrada é franca. Até lá!

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Branco sai, preto fica + palestra e debate

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Na quinta-feira, dia 20 de abril de 2017, o Cineclube Pedagogias da Imagem exibirá o filme Branco sai, preto fica (Brasil, 2014), de Adirley Queirós. Após a sessão, teremos a palestra Racismo não é burrice, é política mesmo, com o filósofo e professor da UFRRJ Renato Noguera.

Seguem os dados:

Filme:

Branco sai, preto fica (Brasil, 2014), de Adirley Queirós.

Convidado:

Renato Noguera
Doutor em Filosofia pela UFRJ
Professor do Departamento de Educação e Sociedade e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFRRJ.
Pesquisador do Laboratório de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (LEAFRO).
Título da palestra:

Racismo não é burrice, é política mesmo

Horário:
Dia 20/4, às 17h.

Local:

UFRJ – Campus Praia Vermelha, auditório do Anexo CFCH.

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Inauguração do cineclube Pedagogias da Imagem

O cineclube Pedagogias da Imagem, organizado pelo Setor de Cultura, Comunicação e Divulgação Científica e Cultural (SECULT) da Faculdade de Educação da UFRJ, foi inaugurado na última terça-feira (07/03). Na estreia, foi exibido o filme Educação (2016), dirigido por Cezar Migliorin (UFF) e Isaac Pipano (UFF). Logo após a exibição, houve debate com Cezar Migliorin, Doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ/Sorbonne-Nouvelle, Paris e Professor do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense. O evento, que lotou o Auditório da Central de Produção Multimídia da Escola de Comunicação da UFRJ, foi um sucesso. Confira algumas fotos abaixo

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