Libertar a educação

 

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A sessão de agosto do cineclube Pedagogias da Imagem contou com um auditório lotado para assistir o filme Capitão Fantástico (Captain Fantastic – E.U.A., 2016), de Matt Ross, e conversar sobre educação e desescolarização com nosso convidado do mês, o filósofo e professor da Faculdade de Educação da UFRJ, Reuber Scofano.

Após comentar sobre os constrangimentos e as amarras impostas por certos modelos institucionais de educação, Reuber aproximou a crítica à escola de Ivan Illich à prática pedagógica de Tião Rocha, educador que produz potentes experimentações educacionais a partir dos desejos e necessidades dos participantes de seus círculos. A partir destes breves apontamentos, que entraram em composição com a trajetória e o destino do personagem Ben Cash, foi possível não apenas abrir a reflexão para questões e práticas contemporâneas alternativas de educação, como também repensar e reavaliar os modelos institucionais, a perpetuação de políticas e estilos de vida que diminuem a liberdade e a abertura para o novo.

Tivemos uma grande participação do público no enriquecimento do debate, colaborando com o aprofundamento das questões e com depoimentos de mães, pais, pedagogos, professores, estudantes e profissionais que já atuam em coletivos, espaços e ações que ajudam a pensar de outra forma os modelos educacionais.

Nossa próxima sessão acontecerá no dia 5 de setembro. Fiquem ligados no blog e na nossa página do Facebook para a divulgação da programação. Até lá!

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As Jornadas de Junho em foco

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No mês de maio e no mês de junho, o Pedagogias da Imagem – cineclube da Faculdade de Educação da UFRJ – fará um ciclo com duas sessões especiais dedicadas a pensar questões desdobradas das grandes manifestações que ocuparam as ruas do Brasil em junho de 2013 – as chamadas Jornadas de Junho. Consideradas como um marco na cena dos ativismos políticos brasileiros, as jornadas de junho não apenas chamaram atenção para problemas urgentes envolvendo a mobilidade urbana nas cidades, mas também trouxeram novas formas de pensar o engajamento, as práticas democráticas, a descentralização das mídias e dos discursos dominantes.

Passados 4 anos de 2013, após a Copa do Mundo e um ano após as Olimpíadas, o Brasil se encontra hoje imerso em uma série de acontecimentos que têm impulsionado novamente a tomada das ruas, com a repetição de cenas e discursos que nos fazem lembrar a efervescência política das jornadas de junho e as disputas midiáticas em torno de seus desdobramentos. Se junho de 2013 irrompeu no Brasil como uma abertura ao pensamento, muito se deve também à potência estético-política desencadeada pelo papel estratégico do audiovisual, em diversas de suas expressões.

Por isso, aproveitando a chegada de junho de 2017, o cineclube Pedagogias da Imagem programou o ciclo Jornadas de Junho. Apresentaremos, em 30 de maio e em 20 de junho, sessões acompanhadas de palestras com filmes inspirados pelas jornadas de junho de 2013, como uma forma de lançar olhares e perspectivas contemporâneas sobre o período, estimulando o pensamento não apenas a partir das imagens, mas com as imagens, através daquilo que nelas insiste.

A primeira sessão acontecerá no dia 30 de maio, quando exibiremos o filme ‘O que resta de junho’ (Brasil, 2016), de Carlos Leal, Diego Felipe e Vladimir Santafé, seguido da palestra ‘Rastros e resquícios de junho, 4 anos depois’, a ser ministrada pelo jornalista e roteirista do filme, Carlos Leal, e o diretor do filme, Vladimir Santafé. Carlos Leal é doutorando em ciência da literatura na Faculdade de Letras da UFRJ, e Vladimir Santafé é mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ, autor do livro ‘Da biopolítica dos movimentos sociais às batalhas nas redes: vozes autônomas’. A entrada é franca.

Quartas vermelhas na Praia Vermelha

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Desde a última quarta-feira, dia 3/5, a Decania do CFCH da UFRJ iniciou a mostra de filmes Quartas vermelhas, no mais que apropriado campus universitário da Praia Vermelha. A mostra é parte do evento Revolução em imagens, que conta também com uma exposição fotográfica e um seminário a acontecer em junho. A mostra de filmes traz obras relevantes da cinematografia brasileira e mundial, incluindo clássicos produzidos na então União Soviética. Os filmes programados entram em ressonância com os temas ligados à Revolução Russa ou aos seus possíveis desdobramentos no século XX e na contemporaneidade. A mostra foi inaugurada com a exibição do filme Outubro (U.R.S.S., 1928), de Grigori Aleksandrov e Sergei Eisenstein, clássico lançado em comemoração aos dez anos da revolução.

Nesta quarta-feira, dia 10/5, a mostra segue sua programação e salta para o Brasil pós-golpe de 1964, com o filme Caparaó (Brasil, 2007), de Flávio Frederico, que lança luz sobre a guerrilha do Caparaó,  uma pioneira – e até então pouco conhecida – investida armada contra o regime ditatorial brasileiro. Após a exibição do filme, haverá debate com dois convidados: o sargento Daltro Jacques Dornellas, que já foi exilado político e participante da guerrilha na Serra do Caparaó, além de ser ex-deputado federal; e Esther Kuperman, doutora em Ciências Sociais pela UERJ e professora de História do Colégio Pedro II. A sessão se inicia às 14h no auditório da Decania do CFCH (Av. Pasteur, 250 – Urca). A entrada é franca! Confira a programação completa aqui.

Branco sai, preto fica + palestra e debate

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Na quinta-feira, dia 20 de abril de 2017, o Cineclube Pedagogias da Imagem exibirá o filme Branco sai, preto fica (Brasil, 2014), de Adirley Queirós. Após a sessão, teremos a palestra Racismo não é burrice, é política mesmo, com o filósofo e professor da UFRRJ Renato Noguera.

Seguem os dados:

Filme:

Branco sai, preto fica (Brasil, 2014), de Adirley Queirós.

Convidado:

Renato Noguera
Doutor em Filosofia pela UFRJ
Professor do Departamento de Educação e Sociedade e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFRRJ.
Pesquisador do Laboratório de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (LEAFRO).
Título da palestra:

Racismo não é burrice, é política mesmo

Horário:
Dia 20/4, às 17h.

Local:

UFRJ – Campus Praia Vermelha, auditório do Anexo CFCH.

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